A degustação de vinhos deveria fazer parte da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Afinal de contas, todos deveriam conhecer um pouco desta técnica que é a degustação, para poder aproveitar o vinho em toda sua plenitude. No entanto, de forma incompreensível, se difundiu ideia, errônea e preconceituosa, de que somente alguns privilegiados poderiam ter acesso a esta difícil prática. Os demais mortais estariam irremediavelmente condenados a apenas beber o vinho pelo resto de suas vidas.
Na verdade, qualquer indivíduo pode, e deve, aprender a degustar um vinho. Basta que tenha todos os seus sentidos funcionando e que conheça os princípios báricos da degustação.
Afinal o que é realmente degustar um vinho?
Degustar um vinho é, nas palavras de Emile Peynaud, um dos maiores enólogos da França, submeté-lo dos seus órgãos dos sentidos, analisando-o atentamente. Em outras palavras, degustar é beber com atenção. A degustação, como técnica que é, não deve ser utilizada como meio de exibição ou de demonstração de dotes excepcionais, por indivíduos que são os responsáveis pela imagem pouco lisonjeira que os verdadeiros conhecedores de vinho têm. Deve-se degustar um vinho em local adequado, com boa iluminação e livre de odores, tomando-se o cuidado de sentir o vinho em taças adequadas (padrão ISO/INAO, encontráveis nas boas lojas de vinhos) e na sua correta temperatura de ser ipo.
Para acompanhar os vinhos durante a degustação recomenda-se apenas água mineral (com ou sem gás) e pão francês simples, que devem ser consumidos entre um vinho e outro.
As fases da degustação
A degustação é dividida em três fases: análise visual, análise olfativa e análise gustativa, nesta ordem obrigatoriamente. Antes de se começar deve-se estar atento para a maneira de segurar a topo, sempre pela base ou pela haste e nunca pelo corpo do copo, para não alterar a temperatura do vinho e para não sujar o copo, dificultando a visualização do vinho.